Horst Bredekamp
Teoria do Acto Icónico

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Horst BREDEKAMP, Teoria do Acto Icónico, trad. A. Morão, Lisboa, KKYM, 2015.

Descrição

Neste livro, H. Bredekamp refuta o entendimento das imagens como meros duplos da linguagem, considerando-as como actos de enunciação que possuem a capacidade de reconfigurar o sensível e intervir sobre o real, produzindo efeitos concretos. Partindo do entendimento de que «a imagem é acto», de acordo com H. Lefebvre, e o speech-act de J. R. Searle, convocam-se as obras que desde a Antiguidade falam na primeira pessoa, como os nomes dos signatários nas imagens da Idade Média ou o jogo complexo das inscrições nos quadros do Renascimento, até à tradição das estátuas que falam, como o «Pasquino» em Roma ou a obra de Niki de Saint-Phalle, Tu est moi.

Cobrindo um vasto arco temporal, desde a génese da figuração no mundo pré-histórico até aos desenhos de Frank O. Gehry, propõe-se uma tipologia dos actos da imagem. Numa primeira categoria: a figura humana, o autómato e o homem-máquina, a que se associa o mito de Pigmalião, a boneca na arte do século XX, a estética futurista e o jogo das formas orgânicas. Uma segunda categoria é definida pela substituição do corpo: o procedimento do decalque, a Verónica, a fotografia, mas também as imagens infamantes, de celebração, e a iconoclastia. Por fim, a última categoria faz apelo às forças intrínsecas das imagens: o mito de Medusa, a que se junta a potência do ponto, da linha, da cor, da mancha e do desenho, e a consolidação da «imagem autónoma».

Com a sua perspectiva tipológica-temática, procedendo para além das habituais periodizações e géneros (pré-história, Renascimento, modernidade… pintura, arquitectura, fotografia…), para além da própria distinção entre arte e não-arte, é a própria «imagem» que se encontra no centro desta investigação. Alicerçada num profundo conhecimento da história da arte, herdeira da Kulturwissenschaft, a ciência da cultura, que Aby Warburg inaugurou, esta obra constitui um contributo essencial para compreender as formas e clarificar os efeitos que as imagens produzem na nossa contemporaneidade.

Horst BREDEKAMP (n. 1947), Historiador da arte, Professor na Universidade Humboldt, Berlim, com formação que abarcou ainda os domínios da arqueologia, da filosofia e da sociologia, tem trabalhado sobre as imagens e o tempo longo que decorre desde a pré-história até aos nossos dias. A iconoclastia, a arte do Renascimento e do Maneirismo, a iconografia política, as ciências e os seus dispositivos figurativos, a biologia e as teorias cognitivas, ou, ainda, as relações entre imagem e modelos tecnológicos de produção, constituem vectores de investigação que tem considerado em abordagens com notável rigor. O carácter inovador da sua abordagem interdisciplinar inclui a «antropologia warburguiana» e interroga os modos de funcionamento das imagens nas estratégias visuais da ciência, da tecnologia e da arte. Autor de Antikensehnsucht und Maschinenglauben [A Nostalgia do Antigo e o Culto da Máquina] (1992), estudo seminal sobre a história das acções imaginais no jogo estratégico da arte, da ciência e da sociedade, colaborou ainda na edição dos escritos de A. Warburg e de E. Wind.

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