Hans Belting
Faces. Uma história do rosto

Lisboa, KKYM, 2019
32,00 28,80 (incl IVA)
Hans BELTING, Faces. Uma História do Rosto, trad. A. Morão, Lisboa, KKYM, 2019.

Descrição

«A superfície mais apaixonante da terra é o rosto humano» – o aforismo de Lichtenberg, que Belting coloca em epígrafe, marca o tom cativante e provocador da sua pesquisa a partir da qual interroga a universal singularidade da face humana ao longo dos tempos.

Onde quer que apareça a imagem do homem, o rosto pulsa como o seu foco central. Todavia, a vitalidade do rosto desafia todas as tentativas em o definir e fixar. A história do rosto começa com as primeiras máscaras da Idade da Pedra e culmina, na nossa época, com rostos digitalmente fabricados, nos quais permanece o seu actuante enigma. Nas máscaras rituais, nas faces dos atores, no retrato e na fotografia, mas também no cinema e na arte contemporânea, Belting explora com desenvoltura e erudição as mais diversas hipóteses interpretativas, sem, deliberadamente, dar o assunto por encerrado, na esteira de Rembrandt, Picasso, Bacon, Molder e tantos outros.

O rosto é aqui encarado como meio de interação social, de questionamento individual (no autorretrato), objeto de produção industrial e de desenfreado consumo mediático; é analisado através dos seus avatares, máscara artificial e máscara natural, em perspectiva histórica, antropológica, filosófica e etnográfica. No livro percorrem-se temas como a máscara funerária, a fisiognomia, a função jurídica do retrato na Roma antiga, a retratística do Renascimento, a busca do Si-mesmo, o papel do actor na dramaturgia moderna, o «adeus» ao rosto em Rilke e Artaud, a desfiguração em Francis Bacon e Arnulf Rainer, os avanços da neurologia e o arquivo policial, ou ainda, o ícone religioso e as caras das celebridades, a museografia colonial e o vídeo de Nam June Paik, o ícone Mao segundo Warhol e a «estranheza» do rosto em Jorge Molder, o cinema de Ingmar Bergman, de Serguei Eisenstein e o arquivo de Boltanski, o grande plano cinematográfico e as teses de Deleuze, e, por fim, o domínio dos mass media e a manipulação digital da cyberface. Na reflexão sobre as faces, nos rostos e nas máscaras, joga-se consequentemente a necessidade e o destino das imagens.

 

Hans BELTING (n. 1935), historiador de arte, é Professor Jubilado pela Hochschule für Gestaltung de Karlsruhe, onde criou o projecto interdisciplinar de investigação «Antropologia da imagem: meio-imagem-corpo». Iniciou o seu percurso no âmbito da arte bizantina e medieval, que alargará ao estudo da Reforma e Contrarreforma, da arte moderna e contemporânea, das artes não-Ocidentais e das imagens da era digital. É autor de ensaios e livros essenciais, tais como Bild und Kult. Eine Geschichte des Bildes vor dem Zeitalter der Kunst (Imagem e Culto. História das imagens antes da época da arte, 1990), Antropologia da Imagem (trad. pt., KKYM, 2014), A Imagem Verdadeira (trad. pt., Dafne, 2011), ou ainda Das Ende der Kunstgeschichte? (O Fim da História da Arte?, 1983-1995), Florenz und Bagdad (2008) e co-editou The Global Contemporary, and the Rise of New Art Worlds (2013).

Informação adicional

Artista / Autor

Editor

KKYM

Categoria

Livro

Novo / usado?

Novo

Etiquetas ,
REF HBE faces
Dimensões (C x L x A) 25 × 18 × 3,5 cm
Peso 624 g

Envio

Envio para: Portugal, Dinamarca, Grécia, Irlanda, Países Baixos, Itália, Áustria, França, Hungria, Alemanha, Espanha, Bélgica, Luxemburgo, Brasil, Estados Unidos (US), Canadá

Vendedor

  • LOJA K
  • KKYM Lda
  • Rua Conselheiro Mendes Pinheiro, 43
    3140-265 Montemor-o-Velho
    Portugal
  • PT 509905250