Descrição
«A superfície mais apaixonante da terra é o rosto humano» – o aforismo de Lichtenberg, que Belting coloca em epígrafe, marca o tom cativante e provocador da sua pesquisa a partir da qual interroga a universal singularidade da face humana ao longo dos tempos.
Onde quer que apareça a imagem do homem, o rosto pulsa como o seu foco central. Todavia, a vitalidade do rosto desafia todas as tentativas em o definir e fixar. A história do rosto começa com as primeiras máscaras da Idade da Pedra e culmina, na nossa época, com rostos digitalmente fabricados, nos quais permanece o seu actuante enigma. Nas máscaras rituais, nas faces dos atores, no retrato e na fotografia, mas também no cinema e na arte contemporânea, Belting explora com desenvoltura e erudição as mais diversas hipóteses interpretativas, sem, deliberadamente, dar o assunto por encerrado, na esteira de Rembrandt, Picasso, Bacon, Molder e tantos outros.
O rosto é aqui encarado como meio de interação social, de questionamento individual (no autorretrato), objeto de produção industrial e de desenfreado consumo mediático; é analisado através dos seus avatares, máscara artificial e máscara natural, em perspectiva histórica, antropológica, filosófica e etnográfica. No livro percorrem-se temas como a máscara funerária, a fisiognomia, a função jurídica do retrato na Roma antiga, a retratística do Renascimento, a busca do Si-mesmo, o papel do actor na dramaturgia moderna, o «adeus» ao rosto em Rilke e Artaud, a desfiguração em Francis Bacon e Arnulf Rainer, os avanços da neurologia e o arquivo policial, ou ainda, o ícone religioso e as caras das celebridades, a museografia colonial e o vídeo de Nam June Paik, o ícone Mao segundo Warhol e a «estranheza» do rosto em Jorge Molder, o cinema de Ingmar Bergman, de Serguei Eisenstein e o arquivo de Boltanski, o grande plano cinematográfico e as teses de Deleuze, e, por fim, o domínio dos mass media e a manipulação digital da cyberface. Na reflexão sobre as faces, nos rostos e nas máscaras, joga-se consequentemente a necessidade e o destino das imagens.
Hans BELTING (n. 1935), historiador de arte, é Professor Jubilado pela Hochschule für Gestaltung de Karlsruhe, onde criou o projecto interdisciplinar de investigação «Antropologia da imagem: meio-imagem-corpo». Iniciou o seu percurso no âmbito da arte bizantina e medieval, que alargará ao estudo da Reforma e Contrarreforma, da arte moderna e contemporânea, das artes não-Ocidentais e das imagens da era digital. É autor de ensaios e livros essenciais, tais como Bild und Kult. Eine Geschichte des Bildes vor dem Zeitalter der Kunst (Imagem e Culto. História das imagens antes da época da arte, 1990), Antropologia da Imagem (trad. pt., KKYM, 2014), A Imagem Verdadeira (trad. pt., Dafne, 2011), ou ainda Das Ende der Kunstgeschichte? (O Fim da História da Arte?, 1983-1995), Florenz und Bagdad (2008) e co-editou The Global Contemporary, and the Rise of New Art Worlds (2013).
Informação adicional
Artista / Autor | |
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Editor | KKYM |
Categoria | Livro |
Novo / usado? | Novo |
Etiquetas | Belting, KKYM |
REF | HBE faces |
Dimensões (C x L x A) | 25 × 18 × 3,5 cm |
Peso | 624 g |
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