Georges Didi-Huberman
Remontagens do Tempo Sofrido

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Georges DIDI-HUBERMAN, Remontagens do Tempo Sofrido, trad. L. Lima, Lisboa, KKYM, 2019.

Descrição

Qual o papel das imagens na legibilidade da história? Se em Imagens Apesar de Tudo a indagação incidiu sobre quatro imagens captadas por vítimas no centro da catástrofe, neste ensaio interrogam-se pontos de vista après coup, posteriores, imagens e filmes que trabalham e transformam, estética, ética e politicamente, a memória da catástrofe.

Um primeiro estudo é dedicado à abertura do campo de Falkenau registada por Samuel Fuller em 1945, que ressurge quarenta anos depois, através das suas palavras e do seu olhar, na montagem de Emil Weiss, para assim construir sobre a visão do impossível a legibilidade de uma «breve lição de humanidade». Num segundo momento, analisam-se as imagens da violência política, nas montagens fílmicas de Harun Farocki, que suscitam, sobre a restituição do tempo histórico, um cerrado questionamento e se elevam ao nível de uma cólera. Por fim, duas incursões: sobre as fotografias do refugiado catalão Agustì Centelles, realizadas em 1939, no campo de Bram, que põem a nu, do ponto de vista do humilhado, o «trabalho da humilhação», ao mesmo tempo que expõem o trabalho de resistência e de contra-humilhação; e as instalações de Christian Boltanski, sobre os rostos dos mortos e a dignidade dos desaparecidos, como objeto de reconhecimento e de transmissão próprio do trabalho sobre as imagens.

Ao longo da sua análise, Didi-Huberman adopta o posicionamento teórico de Walter Benjamin, ao entender a legibilidade da história a partir da sua articulação concreta e imanente com o mundo das imagens. O que torna o tempo legível é a imagem; a imagem-montagem. É assim que os procedimentos de Fuller e Farocki, mas também de Godard e Pasolini, de Vertov e Brecht, entre tantos outros, são analisados nas suas dimensões estéticas e políticas, na sua capacidade para fazer da remontagem do tempo sofrido, uma interpelante memória, uma potente legibilidade perante o risco, sempre latente, das imagens poderem fechar, caricaturar ou anestesiar os lugares da história.

 

Georges DIDI-HUBERMAN (n. 1953), filósofo e historiador de arte, leciona «antropologia do visual» na École des Hautes Études en Sciences Sociales, Paris. Publicou mais de 60 livros sobre autores como Warburg (a quem consagrou uma monumental e notável monografia), Bataille, Benjamin, Brecht, Carl Einstein, e sobre diferentes artistas, como Fra Angelico, Botticelli, Giacometti, Turrell, Eisenstein ou Pasolini. A fecundidade teórica e crítica da sua obra é imensa, sempre atenta à vida e ao pensamento das imagens.

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