Georges Didi-Huberman
Ninfa Moderna

27,00 24,30 (incl IVA)
Georges DIDI-HUBERMAN, Ninfa Moderna, Ensaio sobre o panejamento caído, trad. A. Preto, Lisboa, KKYM, 2016.

Descrição

A história das imagens não vive apenas ao ritmo manifesto dos renascimentos e obsolescências; vive ainda ao ritmo latente das Sobrevivências. Já Aby Warburg, que interrogara a arte ocidental sob o prisma da «Sobrevivência da Antiguidade», prestara particular atenção a essa figura em movimento, vestida com panejamentos esvoaçantes que ele apelidara Ninfa, espécie de semi-deusa ou personificação dos eternos retornos das formas antigas.

Este livro vem aprofundar e prolongar a investigação warburguiana da Ninfa, do seu corpo, pose e panejamentos, desde a Antiguidade até aos seus avatares contemporâneos. A argumentação desenvolve-se como o desenrolar de uma montagem cinematográfica, entre a lenta queda da Ninfa e do seu panejamento, que se desprende do corpo até cair abandonado como o despojo mais baixo da representação. As Vénus alongadas da Renascença e as mártires barrocas tombadas por terra definem uma trajectória sublinhada por inúmeros artistas – Atget, Brassaï, Picasso, Moholy-Nagy, Fleischer, McQueen, entre outros – que, ao debruçarem-se sobre o que nas ruas das grandes cidades se encontra caído, como os panos amarfanhados nas sarjetas de Paris, conseguiram construir um surpreendente e estranho leitmotiv da modernidade. Imagem miserável, esfarrapada e sublime; intempestivo e soberano resto trabalhado pelo tempo; imagem do presente constituindo «uma imagem íntima do Outrora», segundo a bela fórmula de Benjamin; ou uma «reminiscência», segundo Freud.


Georges DIDI-HUBERMAN (n. 1953), Filósofo e historiador de arte, lecciona «antropologia do visual» na École des Hautes Études en Sciences Sociales, Paris. Publicou mais de 30 livros sobre autores, como Warburg (a quem consagrou uma monumental e notável monografia), Bataille, Benjamin, Brecht, Carl Einstein, e sobre diferentes artistas, como Fra Angelico, Botticelli, Giacometti, Turrell ou Farocki. A fecundidade teórica e crítica da sua obra é imensa, sempre atenta à vida e ao pensamento das imagens. No seu livro Atlas ou a Gaia Ciência Inquieta (KKYM+EAUM, 2013), descreve o conjunto das questões teoréticas e epistemológicas desenvolvidas durante décadas para reafirmar os processos de uma metodologia que, partindo de Warburg e de Benjamin, compreende a cultura como uma relação imbricada com e através das imagens. Em Falenas. Ensaios sobre a aparição, 2, (KKYM, 2015), a borboleta nocturna permite criar essa metáfora a partir da qual se consideram os movimentos de observação, descrição e interpretação que constituem não só a vida das imagens como também o posicionamento crítico do historiador perante algo da ordem da aparição, ou do acontecimento, com o que este tem de intempestivo.

 

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